Novíssimos...uma realidade (2ª parte)
O INFERNO
Como perceber o sentido do inferno?
“Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos” (Catecismo nº1033). Por isso, se morremos em pecado mortal, isto é, sem contrição e perseverante na rejeição de Deus, permanecemos livre e voluntariamente separados de Deus para sempre. É esta situação de auto-exclusão voluntária e definitiva de comunhão com Deus que a Igreja chama “inferno”. O inferno respeita a escolha da nossa liberdade.
“A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira” (Catecismo nº1035).
As representações do inferno apelam muito à imaginação, mas no meio destas alegorias, subsiste uma pergunta fundamental: “Quem se condene?” Não nos pertence responder, pois Cristo nos diz: “Não julgueis para não serdes julgados” (Mt 7,2). Deus quer salvar todos os homens, mas não pode se eles não quiserem.
O PURGATÓRIO
Se morrermos na amizade de Deus mas conservando ainda algumas máculas de pecado, precisaremos de purificação. A Igreja chama “purgatório” esta última purificação. O Catecismo de São Pio X ensina: «O purgatório é o sofrimento temporário, que consiste na privação de Deus e noutras penas, que purifica a alma de qualquer pecado para torná-la digna de contemplar a Deus». Na encíclica Spe Salvi, Bento XVI recorda a origem da oração pelas almas do purgatório: «No antigo judaísmo, existe também a ideia de que se possa ajudar, através da oração, os defuntos no seu estado intermédio(cf 2Mac 12,38-45). A prática correspondente foi adoptada pelos cristãos com grande naturalidade e é comum à Igreja oriental e occidental» (48). Por isso, a Igreja fomenta e recomenda o sacrifício eucarístico, a oração, a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos (cf Catecismo 1032).
O CÉU
Se ao longo da nossa vida correspondermos perfeitamente ao amor de Deus, vivendo na sua vontade, seremos acolhidos no céu. Lá, contemplaremos a Deus, na companhia dos anjos e dos santos. Este é «o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva» (Catecismo 1024). Este estado de gozo ultrapassa o nosso entendimento e as nossas representações. A Sagrada Escritura descreve o paraíso, o céu, com as imagens das bodas, da casa do Pai, da Jerusalém celeste onde tudo é vida, luz e alegria, mas "os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano jamais imaginou, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2, 9).
E O LIMBO?
Esta palavra é utilizada para falar do destino das crianças mortas sem receber o Baptismo. Recentemente, a Comissão Teológica Internacional referiu que o limbo permanece uma opinião teológica possível mas que já não é ensinamento comum da Igreja.
«O tempo é o nosso tesouro,
o "dinheiro" para comprarmos a eternidade.»
São Josémaria Escriva
1 comentário:
É mesmo assim. Formar quem passa pelos blogs. A Igreja é muito mal entendida por falta de conhecimento...
beijos em Cristo e Maria
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