quarta-feira, 13 de maio de 2009

Atender ao único necessário, ao inteiramente simples

«Através dos dois grandes sinais de Lurdes e de Fátima, ela está connosco, como Mãe de Misericórdia e nos exorta. Não precisa de muitas palavras, pois tudo está dito, naquela sua palavra essencial toda impregnada de solicitude materna: "fazei tudo o que Ele vos disser".
Devemos notar também que Maria falou aos pequeninos, aos menores, aos sem voz, aos que não contam neste mundo iluminado, cheio de orgulho de saber e de fé no progresso, o qual é, ao mesmo tempo, um mundo cheio de destruições, cheio de medo e cheio de desespero: porque, de facto, eles já não têm vinho, mas só água.
Ó quanto isto tem aplicação hoje!
Maria fala aos pequeninos, para nos mostrar o que é preciso saber, isto é, atender ao único necessário, ao inteiramente simples, ao que para todos é igualmente importante e igualmente possível: crer em Jesus Cristo, o bendito fruto do seu ventre.
Nós lhe agradecemos esta sua presença maternal e por nos falar, como Mãe clementíssima e misericordiosa, aqui neste lugar, e dum modo tão vivo e tão expressivo. E é, por isso, que, com toda a Igreja, louvando a Mãe de Deus e nossa Mãe celeste, com as palavras da "Salve Rainha, Mãe de Misericórdia", lhe pedimos:
"e depois deste desterro nos mostrai Jesus,
ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria".
Amen.»


Cardeal Ratzinger (Bento XVI),
13/10/1996, Fátima

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