domingo, 25 de novembro de 2007

“Este é o rei dos judeus”.

“Este é o rei dos judeus”.
Esta inscrição colocada em cima da cabeça do Crucificado manifesta bem como Jesus é sinal de contradição. Os soldados zombam d’Ele devido ao contraste entre a sua impotência visível de condenado e esta realeza inconcebível para eles. O bom ladrão, cujo acto de fé repousa na realeza de Jesus, alcança logo a misericórdia e a entrada na vida eterna. Dois mil anos depois, professamos que este Crucificado é nosso rei e que Aquele de quem somos discípulos, não reina de outra maneira do que pela loucura desta cruz gloriosa, esperando a nossa salvação desta fé.
Esta realeza desprezada e misteriosa apareceu depois na luz do dia da Ressurreição, no momento da Ascensão, no Pentecostes que revelou que a salvação não tinha acontecido só para o povo judeu donde saiu o Messias, mas também por todos os que acreditariam em Cristo, pois Deus quer que todos os homens sejam salvos (1 Tm 2,4). Esta realeza universal de Jesus se manifestará no último dia, para alegria daqueles que o acolheram e para a confusão daqueles que o recusaram ou negaram.
“Então és rei?” perguntava Pilatos (Jo 18,37). Rei dos judeus, sim, mas mais ainda. Este pobre prisioneiro é o rei do mundo, do cosmos, do universo. Verbo feito homem, ele é o Filho, imagem de Deus invisível, o primogénito de toda a criatura (Col 1,16). Por Ele tudo foi criado e sem Ele nada foi feito (Jo 1,3). Por Ele e para Ele tudo foi criado (Col 1, 16). Ele é o alfa e o ómega da história de cada pessoa, das famílias, das nações e do género humano.




Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente...
Com o óleo da alegria
consagrastes Sacerdote eterno e Rei do universo
o vosso Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor,
para que, oferecendo-Se no altar da cruz,
como vítima de reconciliação,
consumasse o mistério da redenção humana
e, submetendo ao seu poder todas as criaturas,
oferecesse à vossa infinita majestade
um reino eterno e universal:
reino de verdade e de vida,
reino de santidade e de graça,
reino de justiça, de amor e de paz.


Prefácio da Solenidade de Cristo Rei

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