terça-feira, 27 de novembro de 2007

Abre-se o caminho para a reunificação

Portugal, pela sua história religiosa, não é um país que se entusiasma pelo ecumenismo.
No entanto, a Igreja do nosso país não pode viver separada da Igreja Universal, e por isso não pode e não deve deixar de se alegrar com os cristãos de todo o mundo pelos passos dados, poucos mas importantes, no diálogo entre as várias tradições cristãs.
O Papa é o “primeiro dos Patriarcas”, Roma é a “primeira Sé”, a Igreja de Roma “preside no amor”…assim proclama um documento conjunto da Igreja Católica e das Igrejas Ortodoxas, que fixa sem equívocos o primado do Pontífice Romano, aplainando o caminho da reunificação dos católicos e dos ortodoxos, separados desde o cisma de 1054.
O documento em questão, revelado há dias, é fruto de um encontro em Ravena (Itália), no passado mês de Outubro, onde uma delegação católica e uma delegação ortodoxa lançaram as bases para um aprofundamento das questões a resolver para restabelecer a unidade.
Sobre o papel do Papado, existe um acordo de princípio na primazia do Bispo de Roma na Igreja Universal, mas não há no modo de exercer a função. Mesmo assim, este reconhecimento é um grande avanço.


Bento XVI que manifestou desde a sua eleição a vontade de dar passos concretos na aproximação entre as Igrejas cristãs, já deu provas do seu empenho pessoal nesta missão, com visitas ou encontros de carácter ecuménico.
Mas há dificuldades na Igreja Católica como nas outras confissões cristãs.
Na Ortodoxia, o patriarca Alexis de Moscovo não reconhece a primazia do patriarca Bartolomeu de Constantinopla e não tem boas relações com algumas Igrejas Ortodoxas de alguns países. Também não perdoa ao Vaticano o desenvolvimento das actividades pastorais das dioceses católicas na Rússia.
Nas comunidades da Reforma, as divergências crescem entres as varias denominações protestantes. Apesar de alguns acordos teológicos com os católicos, as discordâncias são cada vez maiores no campo ético. As relações com a Igreja Católica tornaram-se mais complexas.
Como sempre, resta aos cristãos das várias tradições rezar para que todos os que confessam o nome de Cristo pela fé, em breve se unam numa só Igreja, sob um só pastor, para que o mundo acredite.

1 comentário:

joaquim disse...

Pois é, carissimo sedente, para além do que possamos fazer em tudo a que somos chamados, temos a oração, muita oração, pela unificação das Igrejas, segundo a vontade do Senhor.
Rezar para que o Espírito Santo ilumine os corações dos homens.

Abraço amigo em Cristo