sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ser apanhado pelo amor com que Deus nos ama

«O que é tornar-se santo?
É ser apanhado pelo amor com que Deus nos ama…o amor com que o Pai nos ama ao dar o seu Filho, ao perdoar os nossos pecados, ao transfigurar-nos, ao permitir-nos fazer o que não teríamos força de fazer, isto é, amar como Jesus nos ama.

Quanto mais descobrimos o amor, mais reconhecemos que não sabemos amar, que não somos dignos dele. É o santo que toma consciência pouco a pouco que é um homem pecador.
Aquele que não ama não sabe que lhe falta o amor. Enquanto não for tocado pelo amor de Cristo e não o descobrir, ele não sabe o quanto ele ama pouco.
Quando vos interrogais sobre a vossa vida, vós dizeis: ‘Até não faço muitas coisas ruins; faço isso, faço aquilo, mas até não é grande coisa. Mas além disso, o que faço de mal? Pouca coisa, zangas! Que devo fazer mais?’
Resposta:
Voltai o vosso olhar para Cristo;
rezai;
descobri a grandeza do seu amor;
contemplai o mistério da Cruz;
contemplai a Cristo que vos dá a Vida;
deixai-vos agarrar pela grandeza do amor com que vos ama.
Então, na sua misericórdia, no seu amor, descobrireis o pecado, descobrireis que não sois santos.
É Ele que vos santifica.
É Ele que vos tornará santos!»

Cardeal Lustiger nas JMJ de Roma,
filho do judaísmo que encontrou Cristo aos 14 anos.
Baptizado, a sua caminhada espiritual passa pelo sacerdócio.
Foi ao longo de 25 anos, Bispo de Paris;
colaborador de João Paulo II como Cardeal.
Morreu no passado Domingo 5 de Agosto de 2007.
Hoje foram realizadas as suas exéquias.

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