segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Nossa Senhora dos pratos fundos e das sopas

«O Rosário é a Bíblia dos pobres. Nunca negligenciai o Rosário, e rezai-o bem.
Eu preocupo-me muito com os meus fiéis: alguns ainda rezam em casa, mas já não o Rosário.
Quando os filhos vêem os pais rezar com a família, rezar com eles todos, isso tem um efeito sobre a educação que as nossas pregações nunca terão, estejais certos disso.
Por isso, nas visitas pastorais, faço esta pergunta: ‘Rezais em casa?’
Infelizmente, rezam pouco. Que pena!
Então digo na igreja: ‘Fazei-me o favor! Sei que tendes de ver televisão, entendo…mas se não podeis rezar o Rosário, as cinco dezenas, dizei pelo menos uma, dez ave-marias, um mistério que seja. Recomendo muito, pelo menos isso.
E insisti também na devoção a Nossa Senhora.’
Um dia perguntaram-me – são curiosas essas almas pias –:
‘Que Nossa Senhora o senhor prefere? A do Carmo? Pois eu sou devota de Nossa Senhora do Carmo.’
É gente boa, então respondi: ‘Se a senhora me permite um conselho, eu lhe sugeriria a Nossa Senhora dos pratos, dos pratos fundos e das sopas.’
Reparai…Nossa Senhora foi santa sem visões, sem êxtases…foi santa por meio das pequenas coisas do trabalho quotidiano.
Eu digo-vos: tende muita devoção a Nossa Senhora. Sim…ao Rosário, à confiança nela, mas também na imitação das suas virtudes. Não vos canseis de recomendar a devoção a Maria.»

D. Albino Luciani, futuro João Paulo I

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