segunda-feira, 2 de julho de 2007

As duas Igrejas na China

No passado fim-de-semana, Bento XVI enviou uma carta ao Governo da China a pedir o respeito de uma autêntica liberdade religiosa, rejeitando a ideia de uma Igreja submissa às autoridades chinesas e independente do Vaticano.
Neste documento, o Santo Padre apelou à hierarquia e aos fiéis das duas Igrejas católicas chinesas a uma maior aproximação, rumo à unidade.
Antes de o mundo conhecer o conteúdo da carta, Bento XVI encomendou a várias congregações religiosas, uma oração especial para o bom acolhimento das suas palavras pelas autoridades políticas e pelos fiéis católicos daquela região do mundo.
Façamos também nós uma união espiritual com o Santo Padre, através da nossa oração pessoal, para que a sua carta dê muitos frutos nas terras de Cantão.


A fé cristã foi introduzida pela primeira vez na China na dinastia dos Yaun, no século XIII, mas só começou a desenvolver-se em 1582 com o missionário jesuíta Matteo Ricci.
O Catolicismo é uma das cinco religiões autorizadas na China do século XXI, e é vigiada por uma “associação patriótica”.
A Associação Patriótica Católica da China (APCC) foi criada na controvérsia e no conflito, aquando da chegada ao poder do marxista Mao Tsé Tung, nos anos 50 do século XX.
A controvérsia resulta na “política da tripla autonomia”, que obriga as organizações religiosas chinesas a serem independentes nos planos administrativo, financeiro e de propagação da fé.
Esta política religiosa da China comunista criou a divisão entre a Igreja “oficial”, autorizada pelo Governo chinês e pela APCC, e a Igreja Católica, “clandestina”, fiel a Roma.
Apesar de não haver grandes divergências entre as duas maneiras de viver o catolicismo, só os fiéis da Igreja clandestina reconheçam a autoridade do Vaticano e recusam o controlo político da fé. Nalgumas áreas, as duas Igrejas estão muito divididas, noutras, colaboram abertamente. É também sabido, que alguns membros da Igreja “oficial” (APCC) fizeram secretamente a paz com Roma.
Neste clima de falsa liberdade religiosa, as autoridades chinesas continuem hoje a perseguir os fiéis católicos da Igreja clandestina. Ameaças, multas, prisões e às vezes o martírio (camuflado pelas autoridades), podem ser o resultado de uma fé fiel a Cristo e à sua Igreja, porque fiel ao Santo Padre.
A nossa oração pelos cristãos perseguidos, da China ou de outra parte do mundo, não pode cessar!

3 comentários:

Maria João disse...

Precisamos mesmo de rezar. A situação é muito complicada.

Não esqueçamos também de agradecer por estarmos num país onde ainda podemos dizer "sou cristão" e ir a uma igreja, sem termos medo de ser presos ou mortos.

beijos em Cristo

Catequista disse...

Junto a minha à sua oração.
É impressionante como nos dias de hoje ainda não existe verdadeira liberdade...

Um abraço

joaquim disse...

Caro Sedente

vou colocar no Apenas Oração esta intenção para que aqueles que visitam aquele espaço de oração, rezem por esta intenção.
Ficamos também á espera das tuas orações lá naquele espaço.

Abraço em Cristo