quinta-feira, 22 de março de 2007

O sacramento da Penitência

Na vida quotidiana, acontece agirmos mal, estragar algumas coisas e magoar.
Para apagar o mal que fizemos, pedimos perdão e reparamos o melhor possível.
Quando estamos doentes, chamamos o médico e tomamos os remédios que ele nos receita.
No que toca à alma, o” agir mal” são os nossos pecados, que nos fazem perder a graça…a amizade com Deus.
Pelo pecado, estragamos a beleza que há em nós e que Deus criou.
Da mesma maneira que a doença ataca o corpo, o cansa e o faz morrer, o pecado ataca a alma e mata a vida da graça, separa-a de Deus. Prejudicando assim a nossa alma, é necessário apagar o mal que fizemos a Deus, pedindo-lhe perdão de todo o coração e esforçando-nos para reparar o quanto nos é possível.
Para cuidar e curar a nossa alma do pecado, devemos chamar o médico das almas que é o próprio Deus, e tomar o medicamento que nos cura do mal: o sacramento da Penitência ou Reconciliação, que Jesus instituiu na tarde do Domingo da Ressurreição, confiando aos apóstolos e aos seus sucessores, o perdão dos pecados (Jo 20, 22-23).

Pregando na Palestina, Jesus mostrou o desejo de perdoar e de voltar a dar a paz aos pecadores: “Eu não vim para os justos, mas para os pecadores” (Mt 9,13). As parábolas da ovelha tresmalhada (Lc15, 4-7; Mt 18, 12-14), da dracma perdida (Lc 15, 8-10), do filho pródigo (Lc 15, 11-32) são sinais de que Cristo veio chamar os pecadores e salvar os corações atribulados…e continua a chamar e salvar.
“Há mais alegria no céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos, que não precisam de conversão” (Lc 15, 7).
Deus deseja a conversão dos pecadores, por isso instituiu o sacramento da Penitência. Se Jesus não o tinha instaurado, estaríamos na dúvida, perguntando-nos sempre se estaríamos perdoados ou não por Deus. Com este sacramento, temos a certeza que todos os nossos pecados são apagados.
São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, que passava até 17 horas por dia no confessionário para reconciliar os homens com Deus e entre eles, confidenciava:
“Dêmos esta alegria a este bom Pai: voltemos a Ele…e seremos felizes.”
“O bom Deus está sempre pronto em receber-nos. A sua paciência espera por nós.”
“Alguns dizem: ‘Fiz demasiado o mal, o bom Deus não pode mais perdoar-me’. É uma grande blasfémia. É colocar um limite à misericórdia de Deus, e não é nada assim: ela é infinita.”
“As nossas culpas são grãos de areia ao lado da grande montanha das misericórdias de Deus.”
“Quando o padre dá a absolvição, deve-se pensar numa única coisa: o sangue do bom Deus é derramado na nossa alma para lavá-la, purificá-la e torná-la tão bela como depois de receber o baptismo.”
“O bom Deus, no momento da absolvição, deita para trás das costas os nossos pecados, isto é, esquece-os, aniquila-os: jamais voltarão.”
“Nunca mais se falará de pecados perdoados. Estão apagados, já não existem!”


Que bom, dar-nos Deus o seu perdão, e revelar-nos a sua infinita misericórdia de Pai no Sacramento da Reconciliação!

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