quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Rosto de: Joana Beretta Molla


Nasceu em Magenta perto de Milão em 4 de Outubro de 1922.
Joana (Gianna) era a décima de 13 filhos e foi educada por pais piedosos que a ensinaram que a vida era um grande presente de Deus para ser abraçado.
Na adolescência e depois adulta, foi membro da Sociedade São Vicente de Paulo e voluntária no trabalho com pobres e idosos. Estudou e conseguiu formar-se em medicina e cirurgia na Universidade de Pávia em 1949. Especializou-se em pediatria na Universidade de Milão em 1952, e atendia com especial atenção mães, crianças, idosos e pobres.
Alguns pensavam que tão boa cristã iria entrar para um convento, mas após varias reflexões, Joana viu que a sua vocação era o casamento, cooperando com Deus em “formar uma verdadeira família cristã”.
Em 24 de Setembro de 1955, casou-se com Pietro Molla. Joana não era uma santa comum. Alegremente abraçou o casamento e soube lidar com as suas obrigações de mulher de carreira, esposa e mãe. Em Novembro de 1956 , deu à luz ao Pierluigi , em Dezembro de 1957, à Mariolina, e em Julho de 1959, à Laura.
Em Setembro de 1961, no segundo mês da quarta gravidez, descobriu-se que ela tinha um fibroma no útero. Era necessária uma cirurgia e como médica, ela estava perfeitamente consciente dos riscos de continuar a sua gravidez, mas ela pediu ao cirurgião para salvar o filho que ela carregava e entregou-se nas mãos de Deus. Passou os sete meses seguintes na alegria dos seus afazeres de mãe e médica, mas também preocupada com o bebé que podia nascer com problemas. Para prevenir isso, orou muito a Deus.
Alguns dias antes da criança nascer, embora confiante na Divina Providencia, Joana estava decidida a dar a sua vida para salvar a da criança. “Se precisarem decidir entre mim e a criança, escolham a criança”, insistiu ela ao seu médico.
Assim nasceu uma menina, Gianna Emanuela, na manhã de 21 de Abril de 1962. Apesar de todos os esforços para salvar a mãe, Joana veio a falecer uma semana depois, com horríveis dores. Adormeceu no Senhor no dia 28 de Abril dizendo: “Jesus, Jesus, eu amo-te, eu amo-te”. Ela tinha apenas 39 anos de idade.
Seu funeral foi ocasião de grande tristeza, fé e oração. O seu corpo está no cemitério de Mesero perto de Magenta.
Joana Berreta Molla foi beatificada a 24 de Abril de 1994 e canonizada a 16 de Maio de 2004 pelo Papa João Paulo II.


Na homília da beatificação, afirmou o Papa João Paulo II:
“Joana Beretta Molla, coroando uma existência exemplar de estudante, de jovem comprometida na comunidade eclesial e de esposa e mãe feliz, soube oferecer em sacrifício a vida, a fim de que pudesse viver a criança que trazia no seio e que hoje está aqui connosco! (Uma salva de palmas coroou estas palavras do Papa) Ela como médica e cirurgiã, estava bem
consciente daquilo de que ia ao seu encontro, mas não recuou diante do sacrifício, confirmando desse modo a heroicidade das sua virtudes”.

Honrar Santa Joana Beretta Molla é convidar os cristãos a tomar o seu exemplo na defesa da vida, ela que, como mãe deu a vida para que sua filha mais nova nascesse.

1 comentário:

Maria João disse...

Já a conhecia. Mas mesmo assim não consigo deixar de me arrepiar com a sua coragem, com a sua entrega a Deus.