quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Rosto de: Madalena Hutin

Madalena Hutin nasceu em Paris, no dia 26 de Abril de 1898.Desde jovem, desejava consagrar a sua vida a Deus. Aos 23 anos, descobriu a vida de Carlos de Foucauld, e nos seus escritos, reconheceu o ideal de vida com que sempre sonhara: "O Evangelho vivido, a pobreza total e, sobretudo, o amor."

Depois de vinte anos de espera, pôde finalmente caminhar nas suas pegadas, seguindo Jesus de Nazaré. Foi viver para a Argélia e, no dia 8 de Setembro de 1939, fez a sua profissão religiosa, fundando assim a Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus.

Nas suas intensas meditações sobre a infância humilde, frágil e vulnerável de Cristo, pareceu-lhe apropriado Jesus Menino ser a inspiração e o modelo daqueles que desejariam testemunhar o amor divino entre os mais pobres do mundo.

Para a congregação ser reconhecido inteiramente por Roma, foi necessário superar muitas dúvidas e críticas que se levantavam devido à originalidade da visão de vida consagrada que Madalena tinha. As “irmãzinhas” não eram nem contemplativas reclusas, nem estavam ligadas a actividades tradicionais de apostolado. Viviam em “pequenas fraternidades”, algumas com somente um par de irmãs, mantinham um compromisso intenso de oração contemplativa, e esforçavam-se em participar inteiramente na vida e na cultura do meio onde elas estavam inseridas, isto é, no meio dos mais pobres. Isto também significou o uso de um hábito simples de ganga adornado com uma cruz.
Quanto aos malentendidos, Madalena dizia que “o mundo procurava mais a eficiência do que o discrição de uma vida escondida”, assim, “Belém e Nazaré permaneceriam sempre um mistério.”


No começo, seguindo literalmente o exemplo do irmão Carlos de Foucauld, Madalena concebia a missão das irmãzinhas exclusivamente entre os muçulmanos da África do Norte. Foi lá que a congregação deitou raiz e floresceu. Mas gradualmente, Madalena ampliou a sua visão para uma missão universal, e assim as fraternidades espalharam-se por todo o mundo, atraindo mulheres de todas as nacionalidades.
Antes da sua morte havia 280 fraternidade com 1400 irmãzinhas de 64 países diferentes. Estas irmãzinhas viajavam com as caravanas dos ciganos na Europa, viviam com os grupos nómadas do circo. Existiam comunidades entre os pigmeus de República dos Camarões, em vilas esquimós no Alasca, entre povos do Sudeste Asiático, nos subúrbios de Londres, de Beirute e de Washington. Mais tarde, Madalena sentiu-se chamada também em testemunhar o Evangelho nos países comunistas do bloco oriental. Numa carrinha, adaptada em “rolote” percorreu a Europa Oriental e a Rússia. Quietamente pode estabelecer fraternidades em muitos destes países. O objectivo das irmãzinhas não era evangelizar num sentido formal mas servir modestamente no meio do mundo num espírito de amor.

Em 1949 a irmãzinha Madalena abandonou formalmente a liderança da congregação. Preferiu ter um papel informal, e ser mais “mãe” das suas irmãs, viajando constantemente, confiando a outros a administração de um família religiosa em expansão.
Embora fosse mais vulnerável na sua juventude, permaneceu notavelmente robusta na sua velhice, continuando a fazer bem o seu trabalho manual, e viajando muito, até foi à China, mas as suas deslocações desgastaram-na, e após visitar em 1989 a União Soviética com 91 anos, morreu mais tarde nesse ano no dia 6 de Novembro
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Hoje, a Irmãzinha Madalena de Jesus é um exemplo de oração, serviço, amor e concórdia para a humanidade.
Em Portugal existem 3 Fraternidade de Irmãzinhas (Fátima, Chelas, Prior-Velho).

1 comentário:

Fátima F disse...

Obrigada pelo valioso conhecimento com que a mim pessoalmente me brindaste com este post.