terça-feira, 23 de outubro de 2007

“Arregaçar as mangas”

A Agência Ecclesia publicou no seu site uma entrevista a Dom Carlos Azevedo, Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, que analisa as mudanças do catolicismo em Portugal antes da visita “Ad limina” dos bispos ao Vaticano.
Reconheço que aprecio muito este bispo pela sua maneira clara de comunicar o Evangelho e as suas ideias sobre a sociedade. Se o Senhor dá a cada um, carismas, talentos para render, D. Carlos tem claramente o de comunicar. Com ele, os Bispos do Porto e de Leiria-Fátima mostram um rosto mais luminoso, mais compreensível da doutrina da Igreja…talvez por eles aparecerem mais nos meios de comunicação social, mas mesmo assim, a postura, a linguagem e sobretudo as ideias destes bispos convidam a ouvi-los e a pensar no que dizem.
Transcrevo aqui uma passagem da entrevista, mas para lê-la em completo, clique aqui

Há ou não há reflexão sobre estas questões (a diminuição da prática dominical)?
Dom Carlos Azevedo
– «Houve reflexão, mas depois não existiu um conjunto de medidas eficazes e operacionais que atendessem a estes problemas. Podemos dizer que é inevitável - as pessoas têm outras prioridades - mas, daquilo que depende de nós, não se faz muito. As celebrações continuam a ter pouca beleza. Muitas vezes, as homilias são mal preparadas. A música litúrgica não aumenta de qualidade. As propostas de oferta de celebração não são as mais adequadas. Por outro lado, a formação de cristãos com sentido de vida comunitária também é escassa.
Quando se fazem actos relacionados com a religião individual - caso das procissões ou grandes festas - as pessoas aderem. Todavia, isto não significa nada do ponto de vista comunitário porque muitas vezes não passa de uma mera religião natural que tem pouco fundamento cristão e evangélico. Perante a leitura dos dados é fundamental “arregaçar as mangas” para formar cristãos.»

1 comentário:

joaquim disse...

Toca-me muito especialmente a alegria e a serenidade que o Bispo de Leiria-Fátima coloca em tudo o que faz.
A sua entrevista na RTP 2 a seguir à peregrinação de Outubro em Fátima é um "monumento" de paz, serenidade, firmeza e alegria.
Desculpa "puxar a brasa à minha sardinha" pois ou seu diocesano, mas é sempre para mim um testemunho muito rico estar com ele e reparar no gosto e dedicação com que tudo faz.

Abraço amigo em Cristo