quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Não amei o Amor

«A verdadeira contrição consiste unicamente nisso: Não amei o Amor. (…)
E se choramos verdadeiramente porque não amámos o Amor, isso não significa que nos atrasemos num olhar voltado para o passado, porque só há uma maneira de reparar as nossas faltas de amor, é de duplicar o nosso esforço e amar melhor hoje, pois a verdadeira contrição se confunde com um acto de amor.
É inútil gemer porque ontem omitimos fazer o bem. Hoje, devemos ser o bem; hoje, devemos amar. Por isso, uma pessoa pode num instante, como a Madalena, como a mulher adúltera, como o bom ladrão, tornar-se um santo, isto se a conversão se fizer até à raiz do próprio ser, aspirando todo para Deus.
Não nos retardemos no passado, não nos demoremos nos pecados que cometemos. Não nos atrasemos em extensos exames de consciência. É tempo perdido. É agora, hoje, que tudo começa, e isto é o que há de maravilhoso no Evangelho: tudo começa.»


Pe. Maurice Zundel 1897-1975


"Vai e agora em diante não tornes a pecar." (Jo 8, 11)

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