segunda-feira, 9 de julho de 2007

Rosto de: Agostinho Zhao Rong

Nos últimos dias de Junho , o Papa Bento XVI mandou uma carta aos católicos da China, que, infelizmente, segundo algumas associações de defesa dos direitos humanos e organizações católicas, foi censurada na Internet pelas autoridades chineses, e que agora circula “discretamente”, de mão em mão, entre os membros das comunidades cristãs daquele país.
Segundo as mesmas fontes, logo a seguir à divulgação da carta do Santo Padre, de manhã cedo, o governo chinês convidou os bispos da Igreja "oficial" a uma sessão de esclarecimento da leitura que devia ser feita do documento papal.
Para saber mais sobre a situação da Igreja Católica na China,
clique aqui.

Hoje, a liturgia faz memória de Santo Agostinho Zhao Rong e companheiros mártires, recordando assim aos cristãos espalhados por todo o mundo, o anúncio do Evangelho na China, proclamado muitas vezes com o sangue daqueles que escolheram seguir a Cristo e a sua Igreja.

Agostinho Zhao Rong era um soldado chinês que escoltou Monsenhor Dufresse até a cidade de Beijin e o acompanhou até sua execução por decapitação. Ele ficou muito impressionado com a serenidade e a força espiritual de Defresse que, apesar de torturado, não renegou a fé em Cristo. Foi assim que Agostinho se viu tocado pela luz da fé e rogou para que Defresse o convertesse. Depois, foi baptizado e enviado ao Seminário de onde saiu ordenado sacerdote diocesano. Quando foi reconhecido como cristão, ele também sofreu terríveis suplícios antes de morrer decapitado, em 1815. ..mas nunca renegou a sua fé em Cristo.

Após a II Guerra Mundial ocorreu a revolução comunista chinesa, provocada por motivos políticos reprimidos há anos, com novas ondas de perseguições aos cristãos. Porém, o motivo foi exclusivamente religioso, como comprovaram os documentos históricos. Desde então uma sangrenta exterminação aconteceu matando um número infindável de catequistas leigos, chineses convertidos, sacerdotes chineses e igrejas. Todos os nomes não puderam ser localizados, porque a destruição e os incêndios continuaram ao longo do novo regime político chinês. A última execução em massa de cristãos na China, que se tem notícia, foi em 25 de Fevereiro de 1930.

No ano do Jubileu de 2000, o Papa João Paulo II canonizou Agostinho Zhao Rong e 119 Companheiros Mártires da China. Eles passaram a ser venerados no dia 09 de Julho, pois constituem um exemplo de coragem e de coerência para todos os cristãos do mundo.

2 comentários:

joaquim disse...

Caro Sedente

Mas como crescem e se tornam fortes as Igrejas perseguidas!!!
E nós, tantos de nós, vivendo nas suas rotinas religiosas diárias sem chama, nem amor.
Como tantas vezes dizemos: "vamos à Missa", porque não a celebramos...
Não sei se somos nós que temos de rezar por eles ou eles por nós...
Claro, temos de rezar uns pelos outros sempre.
Que o Senhor nos faça a todos fortes na Fé e perseverantes na oração.
Abraço em Cristo

Unknown disse...

A revolução comunista na China não é no início do 1900, mas sim nos finais da Segunda Guerra (1938-1945).