Canta, ó lingua...
Canta, ó língua, o mistério
deste Corpo glorioso,
e do Sangue precioso
derramado sobre o mundo,
fruto de ventre fecundo,
Rei de todas as nações.
Foi-nos dado e nasceu
para nós da Virgem pura.
Nesta terra, Ele desceu,
semeou sua Palavra.
Cumprindo aqui o seu tempo,
grande sinal nos deixou.
Na noite santa da Ceia,
com os irmãos, reunido,
observando todo o rito
daquilo que é prescrito,
por suas mãos, em alimento,
aos doze, se entregou.
O Verbo encarnado torna
pelo seu Verbo, pão e vinho,
no seu Corpo e no seu Sangue.
Para além do entendimento,
a fé é o suficiente
do sincero coração.
Este grande sacramento,
inclinados, adoremos;
os antigos manuscritos
dão lugar a novo rito.
Sirva a fé de complemento
na fraqueza dos sentidos.
Seja dado ao Pai e ao Filho,
o louvor, o júbilo,
saudação, honra, virtude
assim como a bênção.
Ao que de ambos procede
demos o mesmo louvor.
Ámen
Pange lingua gloriosi
Nobis datus, nobis natus
Verbum caro, panem verum
Genitori, Genitoque
Hino "catequético" de São Tomás de Aquino sobre a Eucaristia.
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