8º Centenário da Conversão de Francisco de Assis
Bento XVI visitou no passado domingo o túmulo de Francisco de Assis, por ocasião do oitavo centenário da conversão do santo fundador dos franciscanos…uma conversão ao amor de Cristo na pobreza.Francisco de Assis, de nome de baptismo: João (Giovanni) e da família dos Bernardone, nasceu em 1182. Ele conheceu uma infância confortável. Filho de um rico comerciante, prepararam-no para suceder um dia ao pai. E como tinha dinheiro, tinha também muitos amigos: era o príncipe da juventude dourada de Assis. Sonhava em ser cavaleiro, mas a sua primeira experiência com as armas não correu muito bem: após um ano de conflito com a cidade vizinha de Perusa, ele é feito prisioneiro, e permanecerá no cárcere dois ano. Doente, ele é libertado, e volta a sonhar com a cavalaria. Mas, pouco a pouco, ele tem a intuição que tem algo maior para fazer... Porque não renunciar à glória das armas para servir a Cristo?
Ele inicia assim uma vida de oração intensa, procura o recolhimento, e aproxima-se dos pobres, dos leprosos, dos excluídos por excelência. O próprio Francisco, no seu Testamento, rubrica a data da sua conversão no convívio com os leprosos: “Praticava a misericórdia para com eles, e esperei pouco para sair do século…” Ele deixa o mundo para retirar-se a capela da São Damião nos arredores de Assis, onde Cristo comunica com ele através de um crucifixo. “Francisco, vai e restaura a minha casa, que, como vês, está em ruína…” Para Francisco, a visão em São Damiano é decisiva, associada com a experiência de Cristo Sofredor nos pobres e excluídos.
“A partir deste dia, o seu coração foi tão impressionado e tão dilacerado com a lembrança da
Paixão do Senhor, que todo o resto da sua vida, ele guardou na sua alma, a memória dos estigmas do Senhor Jesus. A coisa veio a ser conhecida mais tarde, quando as chagas do Senhor se imprimiram no corpo de Francisco” (Tres Soc. 5, n°14).Tendo ouvido a voz do Crucificado, Francisco pensou que Cristo queria reconstruir a capela de São Damiano. Pôs mãos à obra, mas o seu pai reclamou o dinheiro que serviu para a obra e fez comparecer o filho diante do tribunal do bispo. Ali, diante da família e dos amigos do pai, o jovem Francisco despojou-se de tudo, até das vestes e proclamou: “Doravante, não chamarei pai a Pedro Bernardone, mas ao Pai dos céus!”.
Partiu para o campo e levou uma vida de eremita e de penitente. Rapidamente, começou a pregar o Evangelho, e, alguns companheiros de infância, e jovens dos arredores, juntaram-se a ele. Procurando no Evangelho uma pista sobre a sua vocação, ficou tocado pelo envio dos discípulos em missão. Com os seus companheiros, Francisco decide aplicar à letra aquele trecho evangélico, começando uma obra de vida de pregação itinerante numa pobreza radical, que ainda hoje, perdura na Igreja e pelo mundo, através daqueles que se reclamam do carisma do Poverello de Assis.
Bendito seja Deus em São Francisco!
Bendito seja Deus em São Francisco!
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