sexta-feira, 18 de maio de 2007

A Ascensão

Em Portugal, a solenidade da Ascensão do Senhor foi transferida para o 7º domingo pascal, apesar do seu dia originário ser o da quinta-feira da 6ª semana da Páscoa, quando se cumprem os quarenta dias depois da ressurreição, conforme o relato de São Lucas no seu Evangelho e nos Actos dos Apóstolos.

A Ascensão é mais um momento do único mistério pascal, que celebra a glorificação de Jesus, Aquele que por nós morreu na cruz, voltou à vida e está vivo para sempre, e que agora sobe ao céu à vista dos discípulos, isto é, em corpo, alma e na sua divindade, Cristo entra em comunhão plena e gloriosa com o Pai, vivendo totalmente d'Ele e n'Ele.
Mas Jesus não abandona os homens. Ele anuncia aos seus amigos a vinda do Espírito Santo e promete estar com eles até ao fim dos tempos para anunciar ao mundo o Evangelho da Salvação.

Após a subida ao céu de Jesus, Maria, sua Mãe, e os Apóstolos, permaneceram em oração, aguardando o Espírito Santo, o Consolador prometido pelo Senhor, que viria no dia de Pentecostes (50 dias após a Páscoa).
Dos 9 dias que separam as festas da Ascensão e do Pentecostes, à imitação da primeira comunidade cristã em oração no Cenáculo, nasceram na Igreja as novenas, que se tornaram num exercício de piedade popular de 9 dias seguidos, em visto à pre­paração de uma festa religiosa ou à procura de alcançar uma graça.

Os próximos 9 dias são então, como há 2000 anos atrás, um tempo propício para pedir,
com Maria e os Apóstolos,
que o Pai mande o Espírito Santo aos nossos corações e sobre a Igreja,
para que o mesmo Espírito nos ensine todas as coisas,
encaminhando-nos para a verdade e uma vida que testemunha o Evangelho,
tudo, em nome de Jesus, o Filho que subiu ao céu,
e que agora vive e reina com o Pai pelos séculos dos séculos.

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