sexta-feira, 27 de abril de 2007

Não podemos rezar pelas vocações...

«Não podemos rezar pelas vocações, isto é, para que sacerdotes e consagrados sejam dados à Igreja, sem amar a Igreja e sem desejar a sua vitalidade. Seria uma contradição terrível rezar pelas vocações e desesperar da Igreja, menosprezá-la, ou imaginá-la definitivamente ultrapassada, condenada a um declínio irremediável.
Não se pode rezar pelas vocações sem rezar ao mesmo tempo pela fecundidade da Igreja, isto é, para que a Igreja venha a ser cada vez mais aquele Corpo vivo e organizado de que somos todos membros solidários e não justapostos.
Não se pode verdadeiramente rezar pelas vocações sem participar ao desenvolvimento pastoral do qual os sacerdotes e os leigos, homens e mulheres, aprendam a ser, cada um no seu lugar e segundo a sua missão, responsáveis da vida cristã e da vitalidade da Igreja.
Não se pode verdadeiramente rezar pelas vocações sem confiar nos jovens das nossas comunidades cristãs, paróquias, serviços e movimentos.
Não serve em nada rezar pelas vocações se, ao mesmo tempo, continua-se a recitar a ladainha lamentosa da desertificação dos jovens das nossas comunidades.
Rezar pelas vocações, é rezar para que as nossas comunidades permaneçam confiantes em Deus e, como Maria de Nazaré, se deixem arrebatar e conduzir pelo Espírito Santo que vem criar tudo de novo.
Que Deus nos faça participar na vida da nossa Igreja, no combate permanente para conhecer Jesus Cristo e viver segundo o seu Evangelho, na alegria de formar o Corpo de Cristo, alimentado pela Eucaristia, e que a nossa Igreja, viva na fé, tenha a alegria de gerar, dentro de ela própria, novas vocações, dadas por Deus e estimuladas por nós.»

D. Claude Dagens, Bispo de Angoulême – França



Senhor, a messe é grande
e as estações da tua graça superabundam de fruto…
mas os operários são poucos.
Manda, Senhor,
operários para trabalhar
no campo da tua Igreja,
para que o mundo cante todos os dias,
a certeza da tua presença.

(inspirado de Lc 10, 2)

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