terça-feira, 28 de novembro de 2006

O que é isso de: Patriarca de Constantinopla e Ortodoxia?

Com a viagem do Santo Padre à Turquia, vale a pena recordar ou aprender algo sobre a Tradição Cristã Ortodoxa, para estarmos a par dos desafios que Bento XVI tem no que toca à unidade dos cristãos.

Quem é o Patriarca Ecuménico de Constantinopla?

O Patriarca Ecuménico de Constantinopla é o principal bispo da Igreja Ortodoxa, o Primeiro entre os Iguais. Diferentemente do que ocorre na Igreja Católica Apostólica Romana, todos os patriarcas são autónomos e independentes, cabendo ao patriarcado de Constantinopla apenas a função de mediador entre os demais patriarcados e de representar a Igreja Ortodoxa de uma forma geral.
O actual Patriarca Ecuménico é Sua Santidade,Patriarca Bartolomeu I, desde o ano de 1991, com quem o Papa Bento XVI se encontrará na sua viagem à Turquia.

O que é a Igreja Ortodoxa?
A Igreja chamada Ortodoxa é o conjunto das Igrejas Orientais que se encontram separadas de Roma desde o século XI.
Etimologicamente, os ortodoxos são os que professam a doutrina verdadeira.
Na história eclesiástica, este nome reserva-se aos fiéis da Igreja Bizantina, que se separou da Igreja de Roma, primeiro com o cisma de Fócio (séc. IX) e em termos definitivos no tempo do patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário que, declarado herege pelo legado do Papa, acusou a Igreja de Roma de herética (15.7.1054).
Também se consideram Ortodoxos os fiéis (chamados melquitas) dos patriarcados de Alexandria, Antioquia e Jerusalém, a que mais tarde se juntaram outras Igrejas da Europa de Leste.
É de referir que os vários patriarcados são autónomos e nem sempre se encontram em sintonia.
Chamam-se uniatas, as Igrejas e os fiéis que regressaram à união com a Igreja Católica.
Para a separação dos ortodoxos contribuíram, além de erros de uma e outra parte (para os quais o Papa já pediu publicamente perdão), factores políticos e diferenças de língua, de cultura, de ritos litúrgicos e de disciplina, sem que tenha havido ou haja ainda diferenças substanciais de doutrina.
Apesar da separação, a Igreja Católica manifesta grande estima por estas “Igrejas irmãs” e reconhece a sucessão apostólica dos seus bispos e a validade dos sacramentos nelas administrados; e aceita que, em caso de necessidade, aos sacramentos da Eucaristia, da Penitência e da Unção dos Doentes administrados por sacerdotes ortodoxos, sejam admitidos fiéis católicos, e vice-versa.
Na procura da unidade perdida (ecumenismo), a Igreja Católica vê sobretudo nas Igrejas Ortodoxas valores necessários à revitalização do Cristianismo Universal hoje ameaçado pelo processo de laicização.
“Enciclopédia Católica Popular”

Confesso que sou um entusiástico do diálogo ecuménico, alias, penso que a unidade dos cristãos deve ser uma intenção sempre presente nas nossas orações…afinal, é um desejo de Cristo que haja uma só Igreja e um só Pastor.
Como já puderam notar, aprecio muitíssimo a arte bizantina, imagem de marca da Ortodoxia no mundo.
Abram-se os corações ao Espírito Santo para que haja unidade!

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